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sexta-feira, 9 de setembro de 2005

O jornalismo solidário e a ética da jornalista Xinran

A escritora Xinran cumpriu o seu verdadeiro papel de jornalista – esquecido por alguns profissionais atualmente - e de cidadã ao escrever o livro As boas mulheres da China. Através do poder concedido à mídia e ao jornalista (ao se fazer público), ela deu voz às milhares de chinesas injustiçadas e mostrou ao mundo o que se passa no país mais populoso do mundo. Ela nos forneceu uma visão não apenas de uma jornalista, mas de uma chinesa, que lidava diariamente com os problemas aos quais se referia.

Mesmo após ter o livro transformado em best-seller, a jornalista nunca usou a fama com outro propósito que não fosse ajudar suas compatriotas. Apesar de ser perseguida, colocar a vida em risco, ela não fraquejou ao se arriscar para ver o que escreveu ser lido por milhões de pessoas em todo o mundo.

A solidariedade e a ética da obra de Xinran estão justamente nisso: contar uma história verídica, objetivando uma melhoria, dar o direito do mundo saber o que acontece numa civilização milenar que, até hoje, é lembrada pela tortura, mas que ao mesmo tempo almeja uma reabertura político-econômica num mundo globalizado.

E é nesse contexto de globalização que o livro As boas mulheres da China é importante. A preocupação com os Direitos Humanos e a idéia de avanço na civilização fazem o leitor sentir-se chocado ao constatar os absurdos cometidos na China. Xinran ainda
é ética ao relatar as histórias de diversas chinesas de uma forma delicada, protegendo a identidade delas (verifica-se isso na “nota da autora”, ao avisar que os nomes foram modificados).

Não ser só redatora, mas também personagem, esse é o diferencial de Xinran, que viu no livro uma forma de lutar por direitos iguais numa China machista e invadida por preconceitos oriundos, principalmente, da diferença de pensamentos e ideologias.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tive o prazer de ler um livro que ficou gravado no meu pensamento e na minha ética. como cidadão fiquei muito contente por saber que pessoas como Xinran se preocupam com a dignidade da pessoa humana. è uma obra crítica, reflexiva, real. vc pode mergulhar, sentir o gosto amargo do sofrimento e o desejo incontrolável de solidariedade.
Muito sucesso Xinran.
Um forte abraço.
E, caros amigos leitores, leiam este livro e vocês jamais perderão o poder de amar a cada um por igual.
Dinho