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sábado, 17 de maio de 2014

Chichichi Lelele!!

Quando alguém pensa em ir ao Chile talvez algumas coisas venham à mente, tais como, Cordilheira dos Andes, Pablo Neruda, ski. Tenho que confessar que, pela minha, também passou algo meio bizarro: só este país e o Equador não fazem fronteira com o Brasil na América do Sul. Desde a época do colégio, isso sempre me “intrigou”, deixou-me
curiosa. Coisas de criança nerd.

// Mas o Chile é muito mais do que tudo isso e, com certeza, ele irá te surpreender (em todos os aspectos, inclusive - ou seria “principalmente”?! – o financeiro).

Os chilenos são muito simpáticos e o viajante se surpreenderá e,certas vezes, erguntar-se-á se está realmente na América Latina. Lá as coisas funcionam! As ruas são limpas, os “carabineiros” realmente fiscalizam o trânsito e os motoristas. Falando em trânsito... lá o pedestre tem vez. Se o sinal estiver verde, não se preocupe se ele
ficará vermelho enquanto você estiver atravessando a rua; ninguém vaiacelerar ao ver você atravessar ou passará quase por cima de você. Pode confiar. Para se ter uma ideia do respeito ao trânsito e de como são os casos policiais de grande repercussão no Chile, ao caminhar por uma grande avenida em Viña del Mar, avistei o Ministério Público e vários repórteres e fotógrafos em frente ao prédio. Por curiosidade,perguntei a um dos jornalistas o que estava acontecendo. Ele me informou que se tratava do julgamento de um homem que tinha atropelado um jovem. Infelizmente, um caso como este no Brasil já se tornou banal e o que ganha realmente repercussão são casos de violência extrema.

Nossa primeira parada na região de Valparaíso será Santiago. A capital do Chile é bastante organizada, com belas praças e, nas principais avenidas, largas calçadas. Em três dias, no máximo, você conhecerá as principais atrações turísticas da cidade. Não deixe de ir ao Cerro San Cristóbal, de onde terá uma vista espetacular da Cordilheira dos Andes contrastando com os arranha-céus, típico de uma capital embebecida de
modernidade. Aliás, os Andes serão uma presença constante durante sua estadia no Chile, antes mesmo de você aterrissar em solo chileno. Após ir ao Cerro, saia caminhando pelo bairro da Bellavista, local em que encontrará uma infinidade de bares, restaurantes e pessoas alternativas nas calçadas. Visite também a casa de Pablo Neruda que fica pertinho do Cerro. Esta é uma das três casas do escritor no Chile.

Vamos agora para Valparaíso, ou, como dizem os mais “íntimos”: Valpo. A cidade lembra, um pouco Olinda, cheia de casarões antigos e vielas. Os grafites e as casas coloridas dão um toque animado. A cidade é portuária e, a maioria dos habitantes, vivem nos “cerros”. Trata-se do único lugar no Chile em que pessoas de classe média vivem nos
“cerros”. As cores e a alegrias deles tem um forte contraste com a sujeira, escuridão e cheiro de xixi da parte baixa de Valpo. O turista que estava, até então, acostumado com a organização e limpeza de Santiago terá um susto ao desembarcar no terminal de ônibus. Por isso, a dica é: hospede-se em Viña del Mar. Você poderá visitar Valparaíso
durante o dia e retornar, com segurança, para a “Miami chilena”.

Nossa terceira e última parada será em Viña del Mar. Lá você poderá admirar o Pacífico (que não é nem um pouco “pacífico”) tocar com violência as rochas. Se quiser ter uma vista espetacular deste oceano, vá até o Castelo Wulff. Neste local, poderá fazer belíssimas fotos e ver pelicanos e gaivotas sobrevoando e fazendo das pedras, no meio do mar, seu ponto de descanso.

Outra dica é ir ao Museu Fonck ver o único Moai que não está na Ilha de Páscoa (se você não for até a Ilha, pelo menos viu um Moai, não é?). Quem gostar de jardins, poderá ir ao Quinta Vergara – o jardim não se compara com os europeus em tamanho, mas vale a pena ir para dar um passeio.

Bata perna por Viña del Mar, ande por toda a costa e vá até Reñaca. Só não esqueça de colocar protetor, achando que, por ser brasileiro, a pele aguenta. O buraco na camada de ozônio, na região da Antártida, estendeu-se até o Chile e, cinco minutos ao sol e você parecerá umcamarão ou que passou a tarde toda numa praia.

Ainda no Chile, não esqueça de ir à casa de Pablo Neruda em Isla Negra. Ao visitar a casa, talvez você tenha a mesma ideia que eu: que cara sortudo de ter aquela vista, acordar-se todas as manhãs e dar de cara com o mar! Não é à toa que inspiração não deve ter faltado a ele...

Você precisa também conhecer uma vinícola, já que o vinho é uma paixão nacional. Só o preço dos tours que não poderá se comparar com o sabor de um vinho tinto, doce ou rosé, pois geralmente é bastante “salgado”. Mas, uma vez estando lá, não deixe de ir.

Ir ao Chile vale muito à pena, no entanto, prepare seu bolso! Os pesos chilenos são bastante valorizados, até mesmo se comparado ao euro e ao dólar. Não se iluda com a moeda ou o prejuízo será grande. Como diria minha amiga, “me encanta o Chile e os meus bolsos também”. Não deve ter sido por acaso que o bolso do meu trench coat voltou literalmente furado...

Sugestões (não fui patrocinada nem me responsabilizo pelo que acontecer na execução dos serviços. É uma sugestão, pois os utilizei e gostei):

Hostel Che Lagarto de Viña del Mar

Bohemia Tour info@bohemiatour.cl

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