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quarta-feira, 10 de maio de 2006

Mundo virtual

Não é de admirar, que ao me escutar dizer que gastaria todo o dinheiro que um dia eu tivesse com viagens, meu querido amigo Anderson falasse: “Eu, não! Para quê? Já tem Sky, internet para isso.”

Tudo está a apenas um clique ou a um apertar de botão. Mudamos de canal e podemos ver até o que está acontecendo do outro lado do mundo, no Japão; o que os franceses estão assistindo às 20 h.

Se olharmos por um certo ângulo, ele está coberto de razão. Nada se compara a vivenciar os fatos, mas algo me fez refletir sobre isso. Estão surgindo e se popularizando diversos programas e sites, os quais possibilitam aos usuários verem qualquer lugar do mundo, através de fotos de satélites. Você faz uma volta ao mundo não em 80 dias, mas em, digamos, 80 segundos. Além dos sites que disponibilizam câmeras ligadas 24h em determinadas cidades.

O que é um avanço da tecnologia e da informática, às vezes assusta. Parece que tudo escrito por George Orwell no best-seller 1984 está surgindo. Quem sabe o nosso verdadeiro Grande Irmão não seja a internet?!

Ao mesmo tempo em que a rede mundial de computadores tornou-se um local “democrático” (ainda custo a acreditar nisso), ela cria uma idéia muito virtual de tudo. Até mesmo da vida e de suas experiências. Penso no que poderá acontecer com as próximas gerações, que não conhecerão qualquer tipo de brincadeira saudável, mas serão jogadas (se já não estão sendo) num mundo cheio de informação no qual é preciso de experiência real para compreendê-las. E as conseqüências, quais serão?

Um comentário:

Thásia Oliveira disse...

Oi Jú! gostei das observações do seu texto. É isso mesmo, as gerações que nasceram de uns 10/15 anos pra cá - vivem a vida através de um computador.E esta tendência só faz aumentar, bem como os vínculos e necessidades que se criam ao usar os meios virtuais. Tudo se resume a uma conexão com a Internet. Admito que comigo não é diferente... não vejo como um "vício", mas como uma ferramenta que pode facilitar e otimizar a sua vida. Contudo, temos que ter o cuidado de não esquecermos de viver o real.
Eu não troco minhas viagens e outras que farei por nenhum "clic" na Tv, muito menos no mouse... no máximo! me ajudarão a conhecer e a escolher roteiros - e claro, obter informações com amigos "virtuais" sobre o local ahahahaaha :))