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terça-feira, 1 de maio de 2007

Juramento ao silêncio

O filme Juramento ao silêncio (Sworn to silence – 1987) mostra a trajetória do advogado Sam Fischetti durante um caso bárbaro que abalou a sociedade e o ocasionou sérias conseqüências, como a discriminação dele e da família.

Sam Fischetti é advogado cível e, certo dia, é surpreendido com o pedido da esposa de Vicent Cauley para defendê-lo de uma acusação de homicídio. Primeiramente, ele se nega, haja vista que nunca trabalhara com direito criminal, porém um pedido do juiz o faz mudar de pensamento. Trata-se de uma artimanha, pois uma defesa bem feita dificultaria uma potencial apelação.

A partir do momento em que aceita o caso, Fischetti começa a sofrer preconceito da comunidade, a qual acredita que o réu não mereceria defesa alguma. Para ajudá-lo, o advogado chama um amigo, especialista em direito criminal, Martin Costigan. Ambos acreditam que Cauley tem o direito a uma defesa eficaz. “Vamos ver se inventamos uma”, diz ironicamente Costigan.

Entretanto, não acostumado com o trejeito dos casos penais, Sam Fischetti se desilude desde o começo do caso, achando que já o havia perdido. É quando o amigo diz – mesmo antes de saber a verdade sobre o crime: “Esqueça o Código Penal. A maioria dos clientes é de criminosos”.

Vicent Cauley confessa o assassinato de Melissa Haytor, assim como o de Nancy Dearing e Sarah Goodman, até então desaparecidas. Inicia-se, então, o dilema ético de Fischetti. Junto com Costigan, ele vai até o local onde estão os corpos e fica divido entre contar a verdade às famílias das vítimas ou defender o réu imparcialmente. Ele opta pela primeira alternativa. “Talvez ninguém seja ninguém até acender uma chama na lareira e se enxergar o que não gostaria de ver. (...) Talvez agora eu seja verdadeiramente um advogado”, fala ele à esposa.

Mesmo sabendo dos crimes e apesar dos preconceitos sofridos, os advogados fazem uma defesa imparcial de Vicent Cauley e tentam esclarecer o motivo dele ter se tornado um criminoso, já que havia crescido sem padrões morais em uma família desestruturada.

O filme mostra que o advogado deve deixar as convicções de lado, em certos momentos, e trabalhar em busca de justiça, não importando a quem, já que a Constituição não faz distinções. Ao contrário, afirma que “todos são iguais perante à lei”

5 comentários:

Unknown disse...

Opa juliana, me chamo Augusto, faço Direito e também moro aqui em Pernambuco. Recentemente assisti ao filme em questão e concordo que ele é muito interessante por levantar questões éticas.
Mesmo sem querer discutir se o advogado procedeu de uam forma certa ou não, não há como negar que ele se comportou de uma maneira corajosa e foi fiel aos seus princípios.
Acredito que uma reflexão sobre esse filme possa ajudar nas atitudes de qualquer um, mesmo que a pessoa não seja ligada diretamente ao Direito.
Fico por aqui, dando parabéns pela sua iniciativa e desejo sucesso na sua jornada.

Rebêlo disse...

Juliana, você tem algum e-mail para contato? Fiquei curioso no seu outro blog, sobre direitos autorais, é um tema que preciso cobrir constantemente e sempre sinto falta de material em Pernambuco.

Anônimo disse...

Oi Juliana!
Sou do Rio de Janeiro e já tentei encontrar esse filme em todo o lugar e não encontrei. Me consolei com seu breve resumo, que foi o mais perto que consegui chegar dele.
Parabéns pela iniciativa. O direito agradece.

Felipe Rayk disse...

Bem, gostaria de dizer que esse resumo me será muito útil, pois irei começar um trabalho sobre esse filme.
Então obrigado.

Felipe Rayk Santiago, aluno do 7º período de Direito, Manaus, Amazonas.

Alberto Valença Lima disse...

Olá Juliana,
Não sei se você ainda continua atualizando seu blog pois, salvo melhor juízo, a última postagem é de 2011. Mesmo assim, resolvi deixar aqui este comentário num post que encontrei ao procurar o filme "Juramento ao Silêncio" que vinha tentando descobrir o título há mais de 4 anos.
Assisti este filme no primeiro ano do curso de Direito que concluí em 1999 e considerei um filme excelente na época.
Depois procurei-o nas locadoras e não o encontrei. Outro dia estava tentando lembrar-me do título sem conseguir mas, pelo ator, acabei por descobrir. E foi assim que cheguei ao seu blog. Parabéns!