Uma das grandes surpresas (e, na minha opinião, uma das cidades mais belas da França) é Nîmes, localizada no departamento de Gard. É lá que se pode visitar Les Arènes, o “coliseu” francês. Trata-se do anfiteatro, construído durante o Império Romano por volta do século primeiro , mais bem conservado do mundo! Para quem gosta de touradas, é também lá que acontecem as “corridas”, como chamam os franceses. Os grandes shows de Nîmes, como o de Radiohead em junho, ocorrem nesse monumento colossal. Em frente às Arenas há uma estatua em homenagem a um famoso toureiro – Nino II - que se suicidou depois de ter ficado paralítico por conta de um acidente numa tourada.
A Tour Magne é outro ponto turístico que merece ser visitado. O templo de Diana não está totalmente intacto, porém a vista é magnífica, sem falar no jardim ser uma ótima opção para piqueniques no verão. Falando em jardim... foi em Nîmes, e não em Paris, que se fundou o primeiro jardim público da França. E, quebrando-se um mito, foi em Nîmes que o jeans (o tecido) foi criado.
Perto de Nîmes encontra-se a pont du Gard, aqueduto feito pelos romanos para aproveitar a água. Ele é imenso e repleto de turistas de todas as nacionalidades que lá vão para fazer piqueniques, bronzear-se e banhar-se nos rios. Tanto na rive
Languedoc-Roussillon tem variedades para todos os gostos. Quem quiser ir para uma feirinha e encontrar tudo – desde roupa egípcia até vinhos – é só ir à pequena Uzès, conhecida por ter sido residência dos nobres franceses e onde ainda vivem pessoas de classe alta.
Mas vamos falar em praias, um assunto que interessa grande parte dos brasileiros e 100% dos europeus durante o verão. Saintes-Maries-de-la Mer é uma comuna do departamento de Provence-Alpes-Côte d’Azur, que fica no departamento de Bouches-du-Rhône. Nessa comuna há uma “miniatura” de praia e diversas embarcações que fazem passeios com turistas.
Mais ao sul, localiza-se Collioure, um vilarejo de Languedoc Roussillon do departamento dos Pyrinées Orientales (Pirineus orientais). A praia é cheia de pedras, o que fornece ao viajante uma bela imagem do pôr-do-sol. Depois de banhar-se no Mar Mediterrâneo, o viajante pode optar por um jantar em um dos infinitos restaurantes do local. Tem cozinha italiana, creperia... oh lala!! Ah... e os vinhos! Os produzidos em Collioure são considerados um dos melhores da região.
Vamos mais ao sul? Então, tá... chegaremaos à Perpignan ou Perpinyà, em catalão. Assim como Collioure, Perpignan faz parte da Catalunha, sendo a maior cidade da conhecida “Catalunha do Norte” (a que fica no território francês).
Mesmo sendo de médio porte, Perpignan é uma cidade cheia de universitários e de sofisticação. Há lugares nos quais é um pouco perigoso andar
Os ávidos por compras também vão achar Perpignan um paraíso, pois existem inúmeras lojas nas cidades, desde as mais populares às mais sofisticadas. E os amantes de história não poderão deixar de visitar o castelo dos reis de Maiorca. Já os aventureiros podem escalar o monte Canigou, sagrado para a cultura catalã.
Uma “furada” é a gare de Perpignan. Salvador Dali disse que ela era o centro do mundo, mas quem vai lá deve pensar geralmente a mesma coisa: que ele estava fora de si quando disse isso! Quem for sair de Paris em direção à Perpignan de trem tem que se ligar que são cinco horas de viagem, já que, apesar do trem ser chamado de TGV, a velocidade do mesmo ainda é a de um trem normal. No entanto, uma nova estação vai ser construída para se possa instalar linhas especiais para o TGV (trens de grande velocidade). Uma linha ligará Perpignan à Barcelona e, o trajeto que se faz em pouco mais de duas horas de carro, poderá ser feito em torno de 30 minutos. Quem quiser economizar um pouco pode pegar o IDTGV, cuja reserva e impressão dos bilhetes são feitas online. Só não perca o trem ou o seu dinheiro não será reembolsado... Essa é uma das desvantagens em comparação ao tradicional TGV.
Alors, bon voyage!