terça-feira, 30 de julho de 2019
A volta de uma paixão
Passei muito tempo sem ler. Logo eu, que era uma leitora ávida e, desde pequena, não adormecia sem um livro nas mãos.
Recentemente, "zapeando" (ou seria Youtubeando?!) no Youtube encontrei algumas BookTubers, como Paola Aleksandra, Duda Menezes (recifense e, assim como eu, formada em Jornalismo na Unicap - que orgulho!), Ju Ciqueira... e aquela menininha que ficava anotando, num caderninho, o nome dos livros que gostaria de ler ao ver a Sherazade do X-Tudo (isso mesmo... a precursora das BookTubers... por onde será que ela anda?!) conversando com Fernanda Souza sobre as novas publicações, reapareceu em mim! O que foi péssimo para a fatura do meu cartão de crédito...
Dois meses de cama devido a uma cirurgia de joanete, apenas assistindo Netflix auxiliaram o hábito da leitura ressurgir. Resolvi, então, fazer parte do Clube do Livros da Tag Inéditos e tentar me aventurar por águas até então não navegadas. (Para quem se interessar por este clube de livros dá para fazer um teste e ver qual é o seu perfil: curadoria ou Inéditos. Antes mesmo de fazer já desconfiava qual seria o meu, já que gosto de lançamentos).
E foi por conta da leitura que reapareceu a vontade de fazer outra coisa que sempre fiz desde muito pequenina: escrever!
A fiel cliente da Amazon e da Saraiva vai tentar escrever algo sobre os livros que estou lendo, como fazer para melhorar o aprendizado de idiomas (sim, sou louca por aprender novos idiomas e preciso, urgentemente, exercitá-los ou terminarei esquecendo de alguns!). Espero contar com o apoio de vocês. Vamos entrar por osmose no mundo da leitura?
sábado, 2 de março de 2019
Aprendendo a poupar com leitura divertida
Depois de passar um bom tempo ser me dedicar à leitura, uma cirurgia de joanete me fez ficar de molho por mais de um mês, levando-me a assistir diversos filmes e voltar ao hábito gostoso de pegar um livro e devorar as páginas.
Assim que li Farenheit 451 resolvi ler Me poupe! 10 passos para nunca mais faltar dinheiro no seu bolso, escrito por Nathalia Arcuri. O livro tem 175 páginas, mas eu o li em quatro dias. No começo pensei "poxa, já sou seguidora do canal no Youtube, sigo Nathalia no Instagram, o que isso vai me acrescentar?". Tal pensamento me fez empacar nas primeiras laudas, entretanto, talvez como a própria autora diz, deve ter sido autossabotagem... só pode!
O livro tem o poder de ter uma conversa mais íntima com você e te dar puxões de orelha. O conteúdo é baseado na experiência da Youtuber, que aplica sua vivência em um aspecto mais amplo, utilizando tudo pelo que passou como poupadora, jornalista, empreendedora para dar um guia do que você pode fazer para juntar uma graninha. Nathalia também explica conceitos da economia que se tornariam difíceis de uma maneira simples e divertida, bem semelhante do que faz no canal.
Ler o livro é um verdadeiro investimento.
Ah, e clica no link daqui da Amazon, por favor, para me ajudar neste início de empreitada como afiliada. :)
Segue lá meu instagram - @ahoradoembarque - onde posto dicas de viagens, hotéis, como ganhar milhas fazendo suas compras. ;)
sábado, 17 de maio de 2014
Chichichi Lelele!!
curiosa. Coisas de criança nerd.
Os chilenos são muito simpáticos e o viajante se surpreenderá e,certas vezes, erguntar-se-á se está realmente na América Latina. Lá as coisas funcionam! As ruas são limpas, os “carabineiros” realmente fiscalizam o trânsito e os motoristas. Falando em trânsito... lá o pedestre tem vez. Se o sinal estiver verde, não se preocupe se ele
ficará vermelho enquanto você estiver atravessando a rua; ninguém vaiacelerar ao ver você atravessar ou passará quase por cima de você. Pode confiar. Para se ter uma ideia do respeito ao trânsito e de como são os casos policiais de grande repercussão no Chile, ao caminhar por uma grande avenida em Viña del Mar, avistei o Ministério Público e vários repórteres e fotógrafos em frente ao prédio. Por curiosidade,perguntei a um dos jornalistas o que estava acontecendo. Ele me informou que se tratava do julgamento de um homem que tinha atropelado um jovem. Infelizmente, um caso como este no Brasil já se tornou banal e o que ganha realmente repercussão são casos de violência extrema.
Nossa primeira parada na região de Valparaíso será Santiago. A capital do Chile é bastante organizada, com belas praças e, nas principais avenidas, largas calçadas. Em três dias, no máximo, você conhecerá as principais atrações turísticas da cidade. Não deixe de ir ao Cerro San Cristóbal, de onde terá uma vista espetacular da Cordilheira dos Andes contrastando com os arranha-céus, típico de uma capital embebecida de
modernidade. Aliás, os Andes serão uma presença constante durante sua estadia no Chile, antes mesmo de você aterrissar em solo chileno. Após ir ao Cerro, saia caminhando pelo bairro da Bellavista, local em que encontrará uma infinidade de bares, restaurantes e pessoas alternativas nas calçadas. Visite também a casa de Pablo Neruda que fica pertinho do Cerro. Esta é uma das três casas do escritor no Chile.
Vamos agora para Valparaíso, ou, como dizem os mais “íntimos”: Valpo. A cidade lembra, um pouco Olinda, cheia de casarões antigos e vielas. Os grafites e as casas coloridas dão um toque animado. A cidade é portuária e, a maioria dos habitantes, vivem nos “cerros”. Trata-se do único lugar no Chile em que pessoas de classe média vivem nos
“cerros”. As cores e a alegrias deles tem um forte contraste com a sujeira, escuridão e cheiro de xixi da parte baixa de Valpo. O turista que estava, até então, acostumado com a organização e limpeza de Santiago terá um susto ao desembarcar no terminal de ônibus. Por isso, a dica é: hospede-se em Viña del Mar. Você poderá visitar Valparaíso
durante o dia e retornar, com segurança, para a “Miami chilena”.
Nossa terceira e última parada será em Viña del Mar. Lá você poderá admirar o Pacífico (que não é nem um pouco “pacífico”) tocar com violência as rochas. Se quiser ter uma vista espetacular deste oceano, vá até o Castelo Wulff. Neste local, poderá fazer belíssimas fotos e ver pelicanos e gaivotas sobrevoando e fazendo das pedras, no meio do mar, seu ponto de descanso.
Outra dica é ir ao Museu Fonck ver o único Moai que não está na Ilha de Páscoa (se você não for até a Ilha, pelo menos viu um Moai, não é?). Quem gostar de jardins, poderá ir ao Quinta Vergara – o jardim não se compara com os europeus em tamanho, mas vale a pena ir para dar um passeio.
Bata perna por Viña del Mar, ande por toda a costa e vá até Reñaca. Só não esqueça de colocar protetor, achando que, por ser brasileiro, a pele aguenta. O buraco na camada de ozônio, na região da Antártida, estendeu-se até o Chile e, cinco minutos ao sol e você parecerá umcamarão ou que passou a tarde toda numa praia.
Ainda no Chile, não esqueça de ir à casa de Pablo Neruda em Isla Negra. Ao visitar a casa, talvez você tenha a mesma ideia que eu: que cara sortudo de ter aquela vista, acordar-se todas as manhãs e dar de cara com o mar! Não é à toa que inspiração não deve ter faltado a ele...
Você precisa também conhecer uma vinícola, já que o vinho é uma paixão nacional. Só o preço dos tours que não poderá se comparar com o sabor de um vinho tinto, doce ou rosé, pois geralmente é bastante “salgado”. Mas, uma vez estando lá, não deixe de ir.
Ir ao Chile vale muito à pena, no entanto, prepare seu bolso! Os pesos chilenos são bastante valorizados, até mesmo se comparado ao euro e ao dólar. Não se iluda com a moeda ou o prejuízo será grande. Como diria minha amiga, “me encanta o Chile e os meus bolsos também”. Não deve ter sido por acaso que o bolso do meu trench coat voltou literalmente furado...
Sugestões (não fui patrocinada nem me responsabilizo pelo que acontecer na execução dos serviços. É uma sugestão, pois os utilizei e gostei):
Hostel Che Lagarto de Viña del Mar //
sábado, 16 de fevereiro de 2013
O Papa filósofo e o silêncio
Primeiramente, gostaria de dizer que caso você não concorde com minhas ideias ou tenha suas opiniões e anseio expô-las, faça isso em um fórum ou grupo apropriado, num local onde pessoas que tenham as mesmas ideias que você costumam entrar em contato. Não estou obrigando ninguém a concordar comigo nem a ler este texto. Se você está lendo, saiba que foi por livre e espontânea vontade. Gostaria também de dizer que o BLOG É MEU, escrevo sobre o que eu bem entender e antes de me acusarem de grosseira, intolerante, fundamentalista, pergunte a si mesmo se não é você que está agindo assim. Antes de dizer que o Brasil é um país democrático, no qual impera a liberdade de expressão e de culto, SAIBA RESPEITAR A MINHA LIBERDADE DE EXPRESSÃO!
Dito tudo isso, vamos às considerações...
O mundo – católicos e não católicos - se abalou com o anúncio da renúncia de Bento XVI, mas confesso que já a esperava desde a JMJ 2011 em Madri, na qual senti dentro de meu coração que a próxima Jornada seria sob o comando de um novo Papa.
Para mim, a notícia foi vista – e sobretudo, sentida – como um verdadeiro paradoxo. Senti – aliás, sinto – um misto de anseio e esperança para saber quem será o escolhido, quem ocupará o Trono de Pedro. No entanto, também sinto uma angústia, um aperto bem forte lá no peito (o qual chega até mesmo a ser físico) quando penso que Bento XVI já não será mais Papa.
Lembro-me como hoje do dia em que foi dito Habemus Papam. Era dia de eu ter aula de ter prova de alemão e – coincidência ou não – a prova foi adiada. Apesar das críticas e das notícias tenebrosas adjetivando Bento XVI de uma maneira simplista e preconceituosa, tinha a certeza de que seria um bom Vigário de Cristo.
Hoje posso dizer que me sinto mais juventude de Bento XVI do que de João Paulo II. Alguns podem criticar e achar que é pieguismo porque ele está deixando o Vaticano, mas, ele é o Papa do meu retorno às ligações mais fortes com a Igreja e o Papa de minha primeira Jornada Mundial da Juventude.
Ao ver Bento XVI tão de perto, com aquele sorriso sereno, uma paz inexplicável invadiu meu coração e pensei instantaneamente: “Se todos se permitissem sentir a beleza e a paz de espírito ao se estar perto dele, não diriam tantas barbaridades”.
Mas há um lado que me faz sentir ser ainda mais da geração Bento XVI: o lado filosófico do Papa alemão.
Considero Joseph Ratzinger um dos maiores filósofos deste século. Acredito que ninguém tenha escrito tão bem sobre o silêncio quanto Bento XVI. “O silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo. No silêncio, escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos, nasce e aprofunda-se o pensamento, compreendemos com maior clareza o que queremos dizer ou aquilo que ouvimos do outro, discernimos como exprimir-nos. Calando, permite-se à outra pessoa que fale e se exprima a si mesma, e permite-nos a nós não ficarmos presos, por falta da adequada confrontação, às nossas palavras e ideias. Deste modo abre-se um espaço de escuta recíproca e torna-se possível uma relação humana mais plena. É no silêncio, por exemplo, que se identificam os momentos mais autênticos da comunicação entre aqueles que se amam: o gesto, a expressão do rosto, o corpo enquanto sinais que manifestam a pessoa. No silêncio, falam a alegria, as preocupações, o sofrimento, que encontram, precisamente nele, uma forma particularmente intensa de expressão. Por isso, do silêncio, deriva uma comunicação ainda mais exigente, que faz apelo à sensibilidade e àquela capacidade de escuta que frequentemente revela a medida e a natureza dos laços. Quando as mensagens e a informação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório.”
Ele continua: “Grande parte da dinâmica actual da comunicação é feita por perguntas à procura de respostas. Os motores de pesquisa e as redes sociais são o ponto de partida da comunicação para muitas pessoas, que procuram conselhos, sugestões, informações, respostas. Nos nossos dias, a Rede vai-se tornando cada vez mais o lugar das perguntas e das respostas; mais, o homem de hoje vê-se, frequentemente, bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidades que não sente. O silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos, justamente para identificar e focalizar as perguntas verdadeiramente importantes. Entretanto, neste mundo complexo e diversificado da comunicação, aflora a preocupação de muitos pelas questões últimas da existência humana: Quem sou eu? Que posso saber? Que devo fazer? Que posso esperar?”
Ora, como não pensar no silêncio e nestas sábias palavras ao se ver em um mundo pós-moderno bombardeio por informações. A informação é dada livremente e vendida sem cessar. O homem já não consegue ficar mais só, tem medo, pois confunde (ou é induzido a confundir) o silêncio com a solidão. Querem exemplo maior do que o nosso mais “fiel companheiro”, o celular? Quem não o checa a cada quinze minutos para ver se há uma nova mensagem ou se alguém não quer entrar em contato conosco? Esta busca inconstante em estar em contato com o outro fez perdermos o verdadeiro contato, a vera conexão conosco. Esta conexão deturpada ocasiona tremendas falhas na comunicação, o que em comunicação social é chamado de “ruído”.
Ao fazer um autêntico hino ao silêncio, Bento XVI tenta nos despertar do transe em que a overdose de “comunicação” que sofremos. A dificuldade de se desligar é tão difícil quanto o período de abstinência pelo qual passa um viciado em drogas. Mas os frutos podem ser extremamente proveitosos e revigorantes.
Voltando a falar de Bento XVI e de seus pensamentos, não há como não citar seu último trabalho A infância de Jesus, no qual ele fala dos primeiros anos de Cristo de uma maneira tão singela, mas, ao mesmo tempo tão profunda e nos diz que Deus espera bastante de nós, achando-nos capazes de feitos grandiosos.
É por tudo que relatei neste texto (se fosse falar mais sobre outros escritos de Joseph Ratzinger como Deus caritas est o texto ficaria enorme...) que me senti ainda mais angustiada ao ouvir o irmão do Papa dizer que ele não escreveria mais. Sinto-me órfã de seus belíssimos trabalhos e só tenho uma coisa que gostaria de dizer a Ratzinger: Herlizchen dank!
Para ler mais:
MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O 46º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS - «Silêncio e palavra: caminho de evangelização»
Deus caritas est
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Análise da Convenção 87 da OIT e do art. 8º da CF/88
A Convenção da OIT foi promulgada em 1948, no mesmo ano da Declaração dos Direitos Humanos e apenas três anos após o término da Segunda Guerra Mundial, conhecida pelas atrocidades e pelo horror causados em diversos países.
O mundo necessitava buscar a liberdade e assegurá-la de formas eficazes. Sendo assim, uma liberdade que também deveria ser protegida era a do trabalhador, já que foram anos de exploração daquele que necessita do trabalho para arcar com sua subsistência. Já a Carta Magna brasileira foi promulgada num momento, de certa forma, semelhante, pois o Brasil saía de um longo período ditatorial e clamava por liberdade.
A seguir serão apresentadas semelhanças e diferenças entre a Convenção 87 da OIT e o art. 8º da CF/88.
O preâmbulo à Constituição da OIT diz que “o reconhecimento do princípio da liberdade sindical constitui m meio de melhorar as condições de trabalho e de promover a paz”. Tal prerrogativa é prevista no art. 8º, VI da CF/88, cujo preceito é o seguinte: “é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho”. Objetiva-se, portanto, colocar representantes tanto da classe trabalhadora quanto da patronal no cerne da discussão.
Ao se comparar o art. 2º da Convenção e o caput do art. 8º da Constituição vê-se que ambos os dispositivos pregam uma liberdade sindical e a livre escolha de associação dos trabalhadores e empregados. Entretanto é mister destacar a antinomia existente em alguns dos incisos do referido artigo da Carta Magna.
O art. 8º, I preconiza que é vedada a intervenção na organização sindical por parte do Poder Público, assim como o art. 3º da Convenção 87 estabelece que a organização dos trabalhadores podem organizar suas administrações, além das autoridades públicas deverem se abster de qualquer intervenção.
Ora, já no art. 8º, II verifica-se uma limitação da organização sindical visto que a Lei Maior preza pela unicidade sindical, vedando a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial.
Como se pode observar, a exigência destoa do art. 3º da Convenção 87 da OIT, uma vez que limita o exercício legal das organizações sindicais. A unicidade sindical também contraria o art. 4º da Convenção.
Já no que tange aos artigos 5º e 6º da Convenção 87 constata-se que eles são olvidados pelo constituinte brasileiro. O art. 5º estabelece que “as organizações de trabalhadores e de entidades patronais têm o direito de constituírem federações e confederações, assim como o de nelas se filiarem; e as organizações, federações ou confederações têm o direito de se filiarem em organizações internacionais de trabalhadores e de entidades patronais”. Todavia, há uma grande interferência e violação a este dispositivo porque o Estado determina um número mínimo para a formação das federações (cinco sindicatos) e para as confederações (três federações).
No concernente ao art. 7º, a aquisição da personalidade jurídica das organizações de trabalho podem estar, de certa maneira, limitada pelo registro no órgão competente previsto no art. 8º, I da CF: “I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical”.
Outro dispositivo da Convenção da OIT, não observado pela Constituição Brasileira é o art. 8º, visto que a legislação nacional não deveria prejudicar as garantias previstas nesta Constituição.
Como pôde ser analisado, o conceito de soberania ainda está muito arraigado no Brasil e isso se prova através do controle de constitucionalidade exercido pelo STF utilizando-se do Recurso Extraordinário para controlar até mesmo a incidência de normas de cogência internacional. Até o princípio do Lex posteriori derogat anteriori prejudicaria a aplicação da Convenção 87, caso fosse utilizada uma interpretação legal restrita. No entanto, o que deve ser verificado e seguido é um compromisso de países do mundo inteiro a fim de estabelecer uma ordem trabalhista mais justa.
domingo, 2 de maio de 2010
Um "Salvador" que lutou pela liberdade
Salvador Puig Antich nasceu em Barcelona e foi militante durante o regime franquista. O estudante de Ciências Econômicas, imbuído pelos acontecimentos de maio de 68 e pela situação pela qual passava a Espanha, decidiu lutar por seus ideais. A luta culminou na morte de Salvador, condenado à morte por ter disparado contra um policial enquanto agia em legítima defesa.
Muitas são as críticas feitas ao filme Salvador, inspirado no livro Cuenta atrás. La historia de Salvador Puig Antich. Não conheço a história de Salvador a fundo, no entanto, acompanho a carreira de Daniel Brühl e vejo que o ator dá o tom certo ao protagonista. Daniel já se mostrou um excelente ator tanto em filmes sérios – The Edukators - quanto em comédias – Goodbye, Lenin. Não é por coincidência que seus papéis sempre estão ligados a algum evento histórico. É através de seus papéis que Daniel nos mostra um pouco da história européia.
Por isso, apesar de saber que há críticas e que, talvez, tanto o livro quanto o filme não reflitam a realidade, não posso deixar de parabenizar a iniciativa. É através deste filme que tive vontade de saber mais acerca de Salvador Puig Antich e sobre o regime franquista. E ele também pode ser o pontapé inicial para que o mesmo ocorra com você.
Filme: Salvador
País: Espanha
Gênero: Drama
Direção: Manuel Huerga
Elenco: Daniel Brühl, Tristán Ulloa,
Leonardo Sbaraglia, Leonor Watling,
Ingrid Rubio, Olalla Escribano,
Carlota Olcina, Bea Segura, Andrea Ros
Roteiro:Lluís Arcarazo,
baseado no livro de
Francesc Escribano
Duração: 134 minutos